Brancura


olhar esqueceu
outras tantas cores
de tanto branco que vê
uma esteira verde coberta
com bolas macias abertas
que espalham-se em grupo
a mente desmente
a existência de chumaços
tantos, mornos, bradam
ali , à espera da colheita
mãos ligeiras, treinadas
enchem-se... aos montes
e o ser agradece ao Ser
tanta beleza branca
fica coarada a alma
embranquece a suada palma
enternece o coração
com brandos e tantos
pés de algodão



Uma canção cantada por nosso querido "Lua" :


Bate a enxada no chão, limpa o pé de algodão
Pois pra vencer a batalha,
É preciso ser forte, valente,
robusto e nascer no Sertão
Tem que suar muito pra ganhar o pão
Poia a coisa lá "né" brinquedo não

Mas quando chega o tempo rico da colheita
Trabalhador vendo a riqueza, que beleza
Pega a família e sai, pelo roçado vai
Cantando alegre ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai.

Sertanejo do norte
Vamos plantar algodão
Ouro branco que faz nosso povo feliz
Que tanto enriquece o país
Um produto do nosso sertão.



(Algodão – Luiz Gonzaga)

Imagem:Hélvio Monteiro