EMPÓRIO
na venda de arlindo maria,
não havia tristeza que ia.
passava toda a família
entrava josé e luzia.
vendia-se doce de leite,
meio-pão, cachaça e farinha.
o sal tirado na cuia
a sacola fechada em trancinha,
na venda de arlindo maria
não havia tristeza que ia.
o rádio contava historinha,
o gol e o sucesso do dia;
marcava-se a hora da escola
vendia chiclete em caixinha.
os copos na baciinha,
no pote de água da bica,
o preto e o pobre bebiam.
na venda de arlindo maria
não havia tristeza que ria.