O Som do Vento

Certa vez, o vento assobiou

Em meus ouvidos, uma verdade

Verdade essa que não quis ouvir

Disse-me ele, que o amor existia

Que assim como ele, não se via

Mas, existia porque se sentia

Fiquei descontente e briguei com o vento

Disse-lhe, você sim existe

Pois se podia senti-lo

Em uma brisa leve

Ou em sua grande fúria

Incontrolável que possui

Podia-se vê-lo, nos pássaros a voar

E nas folhas das árvores a balançar

Já o outro, o farsante, não!

Porque ele é uma invenção

Não se pode senti-lo, ou vê-lo

Sabia-se apenas, o que todos diziam

O vento então se revoltou, gritou

E em meus ouvidos falou,

Como dizes uma coisa destas

Só sabe da minha existência

Porque eu assim o quis...

Diferente de mim, o Amor

Não é exibido ou convencido

Ele não se mostra a qualquer um

Ele precisa de confiança, de carinho

O amor é tão puro e inocente

Tímido, manso, porém, honrado