TERCEIRO POEMA
Vida que passa como raio, em disparada
Leva a beleza crua antes idolatrada
É sem remédio a saudade desatinada
Que permeia o peito minha cara, amada.
Viver esperando uma partida
É molhar-se em água desaquecida
Fosse a terra mal entendida
Encontraria em ti outra saída.
Talvez não seja a verdade dita
Em si é honra, sem sal, sem cor
Profundo engano em que acredita,
É insípida a alma, que sente, dor
Dói, mas suportas, porém aflita
É só amor, é só amor.