TERCEIRO POEMA

Vida que passa como raio, em disparada

Leva a beleza crua antes idolatrada

É sem remédio a saudade desatinada

Que permeia o peito minha cara, amada.

Viver esperando uma partida

É molhar-se em água desaquecida

Fosse a terra mal entendida

Encontraria em ti outra saída.

Talvez não seja a verdade dita

Em si é honra, sem sal, sem cor

Profundo engano em que acredita,

É insípida a alma, que sente, dor

Dói, mas suportas, porém aflita

É só amor, é só amor.

ABandeira
Enviado por ABandeira em 20/06/2010
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