Poesia de Uma Madrugada Triste
Oh pobres moradores dos morros, que ao pensarem que tinham um lar, veio-lhes a chuva e castigou-lhes, como se fossem pessoas sem a mínima noção do que ali estivera acontecendo.
E agora? O que será daquelas pobres mães, pobres filhos, pobres crianças e parentes, que vêem sua esperança debaixo de escombros, onde a terra ousou deslizar, sem o criador penar a alma destes tantos inocentes que se foram. Deixando para trás apenas a saudade de quem ali um dia esteve a construir sua história.
Oh, pobre homem que não se importa com os demais e espera catástrofes como essas para mostrar a população a sua falsa “solidariedade”. E agora homem o que consola-te ao ver almas, porém não as almas do que se foram, mas as do que aqui ficaram a espera de algo que possa-lhes preencher o grande vazio de terem ali perdido seus entes queridos.
“Dedico esta poesia a todos aqueles que devido determinadas circunstâncias não conseguem fazer do fim um novo recomeço e sim o processo de uma longa jornada.”