Dor e mar

De onde vens, ó marulho

Que traz espumas das vagas

Que fecundas mulheres peixes

E guerrilha contra piratas

De onde vens, ó marulho

Que eu te apelido de brisa

Com aroma de atmosfera gelada

Marujos selvagens te brindam

Quem és tu, ó marulho

Quero compreender o teu encanto

Com ondas faceiras que suspiram

Idas e voltas que não se cansam

De onde vens, ó marulho

Que possui um gago ciciar

Que senta meu corpo nas rochas

E faz a minha alma chorar

Quem és tu, ó marulho?

Quem és tu, ó encanto?

Que tu fazes com o meu pranto?

De onde vens me consolar?

Parece ser a voz que me apraz

Que vens do oceano longínquo

Que transforma o tormento em paz

E o tempo em mito.

(Sheila Assis)

Sheila Gomes de Assis
Enviado por Sheila Gomes de Assis em 19/06/2010
Código do texto: T2328388
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