Doméstico

 

 

Passa da hora de enxergares como sou:
Selvagem!

 

Desista de querer me domesticar!
Não desejo te magoar
E isso nada tem de falta d'amor
Ao contrário, te amo e sou fiel
Mas não posso ser exclusivo.

 

Passa da hora de enxergares como estou:
Doméstico!

 

Avolumam-se ferrugens às correntes
E a medida que cresço vejo o sol sob o muro
O cheiro do mato reaviva antigas lembranças
E os atalhos de quando cria, felino miúdo
Impulsionam-me a correr riscos.

 

 

Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 18/06/2010
Reeditado em 15/06/2014
Código do texto: T2328262
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