Doméstico
Passa da hora de enxergares como sou:
Selvagem!
Desista de querer me domesticar!
Não desejo te magoar
E isso nada tem de falta d'amor
Ao contrário, te amo e sou fiel
Mas não posso ser exclusivo.
Passa da hora de enxergares como estou:
Doméstico!
Avolumam-se ferrugens às correntes
E a medida que cresço vejo o sol sob o muro
O cheiro do mato reaviva antigas lembranças
E os atalhos de quando cria, felino miúdo
Impulsionam-me a correr riscos.