Mas até quando? HerLânder Lobão

Ainda é por amor
Em tão grande padecer
Que desabrocha a flor
Que o riacho quer correr

Ainda é por amor
Que chilreia o passarinho
Ao ver destruído ninho
Pelas mãos do desamor

Ainda é por amor
Que se enfrenta a guerra
Que sobrevive a fera
Mesmo rugindo de dor

Ainda é por amor
Que o mar dá alimento
Que as estelas no firmamento
Brilham com tanto fulgor

Ainda é por amor
Que as nuvens vão chorando
O riacho serpenteando

Mas até quando?

HerLânder Lobão/
Portugal
2006-08-14