TESOUROS
Porque todos os cantos
de desespero
são sempre submersos,
os tesouros do coração
enterram- se nos restos.
Ainda assim te ouço
no meu torvelinho,
esbulhando o usufruto
de tua fala,
e me faço morto
no ventre do mundo.
Ó lascivos ventos de outono,
quando é a hora
de perder folhas
e ganhar frutos?
– Do livro OVO DE COLOMBO. Porto Alegre: Alcance, 2005, p. 42.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/23267