BOM VIGÁRIO
CONTEMPORÂNEO DO TEDIO 01
BOM VIGÁRIO
Teu rosto luxuria,
Penso eu, é minha sepultura!
Corpos... corpos... muitos corpos,
Até aonde, irá!
Esse meu corpo, nesses corpos contemplar.
Teu templo luxuria... Teu templo.
Vigário... Vigário... Vigário!
Sou eu, no teu templo,
Sou eu, luxuria: teu bendito vigário.
Teu rosto luxuria,
Penso eu, é minha sepultura!
Nessa consagração de bocas, pernas,
Braços e mãos.
Sou eu, tua bela criação!
Teu rosto luxuria,
Penso eu, é minha sepultura!
Se uso, sou tão bem usado...
E pra mim,
Não será contemplado,
Gozar se não for multiplicado.
Mas...
Se tem do homem esse dom!
Que por natural é nos dado,
Sou eu um incansável,
Á aperfeiçoar-lo.
Teu rosto luxuria,
Penso eu, é minha loucura!