MINHA EMBRIAGUEZ

Vida amorosa desgastada

um tanto quanto fragilizada,

tombou sobre os tacos

agora somente cacos.

Servi-me das amarguras

trotei em cavalgadura,

embebedei-me na solidão

inerte,agora no chão.

Juntei todos os meus cacos

revolvi os meus trapos,

somei ao meu passado

resultante,desequilibrado.

Minha torpidez me vendou

os discernimentos extirpou,

das emoções à desaperceber

senti os meus sentimentos desvanecer.

Inebriado nas sarjetas do suplicio

acamado nas incertezas do vicio,

sai de hibernação latente

voltando as minhas sanidades inerentes.

Juntei todos os meus cacos

emendei aos meus fracassos,

com a linha de meus tropeços

alinhavo os meus recomeços.

Deixando bem claro que não bebo,mas me embriago com as emoções que meu semelhante me inspira.

Diney Marques
Enviado por Diney Marques em 17/06/2010
Reeditado em 26/09/2016
Código do texto: T2325605
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