MINHA EMBRIAGUEZ
Vida amorosa desgastada
um tanto quanto fragilizada,
tombou sobre os tacos
agora somente cacos.
Servi-me das amarguras
trotei em cavalgadura,
embebedei-me na solidão
inerte,agora no chão.
Juntei todos os meus cacos
revolvi os meus trapos,
somei ao meu passado
resultante,desequilibrado.
Minha torpidez me vendou
os discernimentos extirpou,
das emoções à desaperceber
senti os meus sentimentos desvanecer.
Inebriado nas sarjetas do suplicio
acamado nas incertezas do vicio,
sai de hibernação latente
voltando as minhas sanidades inerentes.
Juntei todos os meus cacos
emendei aos meus fracassos,
com a linha de meus tropeços
alinhavo os meus recomeços.
Deixando bem claro que não bebo,mas me embriago com as emoções que meu semelhante me inspira.