Lamento de Paraná

Parana e, Parana e Parana...

O negro veio se libertá

Pro quilombo se refugiá

Mas a falsa liberdade de Isabel

Chego lá...chego lá

Parana e, Parana e Parana...

O negro virou consumidor

O negro virou trabalhador

Do branco pegou ambição

Quer ser sinhô, quer ser patrão

Parana e, Parana e Parana...

E como todo patrão quer mal de seu irmão

nóis contra nóis Maldita ilusão

O lucro do patrão é sua exploração

Temos que dividir terra e pão

Parana e, Parana e Parana...

Os muros de palmares

Com canhões desmoronou

E o quilombo acabou

O negro não tem mais amigo

Virou se próprio inimigo

Parana e, Parana e Parana...