Exposta
Movi o corpo de modo cadenciado,
Acompanhando a melodia dos ventos
Fui embalada para além de mim...
Num ritmo espaçado, pairei no ar.
As pontas dos meus pés,
Quase que não puderam tocar o chão,
E as batidas do meu coração
Seguiram a mesma direção
Das minhas delicadas asas,
Que se engalfinharam em nuvens de ilusão.
Estou limitada, apenas meu olhos relanceiam
A vereda do meu refúgio vazio,
Que meu corpo se deita e se alinha
Durante o tempo, em que minh’alma vadia cai,
Dilacerada, exposta enfim!