Da gratuidade...

     Uma tarde debruçada sobre a mesa.
     A chama do sol a queimar o leito do rio...
     Aquele olhar furtivo atravessando o passeio,
     nova simetria enfocando o dia...
     Num relance,o barquinho a descer o rio
     que passa, passa, rumo ao  mistério
     E o aceno... longe, longe...
     Sobre o papel,o versinho desajeitado,
     esquecido, que insurge, belo...
     No burburinho da metrópole, fechando o trânsito,
     um show...  Arco-Iris sobre ferro e cimento
     E a  declaração de um amor, suspensa...