Um lampejo de esperança
Nem sol, nem luz: apenas o terror da escuridão.
Nem flores, nem rosas: apenas o profundo deserto da solidão.
Nem pássaros, nem canto: apenas a frieza e tristeza do silêncio.
Nem amor, nem paixão: apenas o tormento da já conhecida dor.
Meu caminho não tem sol, pois que este já se escondeu de mim.
Meu caminho não tem luz, pois que todas se apagaram.
E os pássaros já não mais cantam.
O amor se transformou em sonho e a paixão em ilusão.
Mas, bem lá no fundo da alma, um restinho de esperança sobrou.
E a noite foi buscando o dia.
As trevas de tanto buscar conseguiram um pouco de luz encontrar.
E hoje de vez em quando, eu até consigo sonhar, mesmo que sejam tímidas e fragéis ilusões, que vem e vão com o vento e o tempo.