Amor Latente

Não sinto teu olhar distante

Permaneço indiferente

A tua voz rouca de silêncio

Sei de tua pele seca a ansiar minhas mãos

Teu desejo sublimando à própria sorte

Teu querer sem saber desistir de mim

Doem-me teus conflitos mórbidos e duros

Tua vontade esmaecida,

Teu corpo vestido de inércia

Sei da nuvem negra

Que te envolve ávida

Tento dissipá-la e envolver-te

Num manto azul

Imantado de sublime amor

Àquele que doa sem volta

De hora premeditada,

Apenas e só, impaciente espera!