Sem nome

Venha colher encantos

deste maduro céu

que exala estrelas

ávidas de ébano véu.

E pelas fendas deste teto

fisgar purpura melodia

sussurrada pela lua

as claves quentes da fantasia.

Venha ajudar-me a fortificar

os versos soltos a liberdade

que exauridos de procura

descansam no colo da brevidade.

E a extrair das flores

essência das razões

para emoldurar caminhos

e suas mutantes paixões.

Venha, e se encontrares um nome

com senso de amores tardios

o aroma úmido dos beijos

e a leveza dos olhares baldios,

Coloque-o bem em cima deste poema

como se fosse uma alegria em pouso

para receber a felicidade suprema

e repentina dos versos em gozo.

Denise Reis