Um poeta sem estrutura
Sou poeta da terra, poeta da noite,
Poeta da luz e da escuridão.
Talvez um poeta incessante,
Mas sou poeta perante os momentos de solidão.
Sou poeta do povo e ouso contar
Os conflitos do seu e do meu coração
Com toda essa indecisão.
Sou pálido, sou tapado,
Porém sou cheio de emoção,
Sou também amigo de tudo que me rodeia
E por sinal sou bastante querido
Lá na sua altura ou aqui na minha canhura.
Sou todo de arte, sou um bardo viajante,
Que ando por entre sonhos e emoções
E só paro de escrever quando tirarem
O meu emblema de poeta,
Ou quando não puder manifestar mais uma caneta.
E quando vierem me dizer que já é hora de partir
Enterre-me junto a papel e caneta
Que no outro lado ainda não morri,
Pois sou poeta e só morrerei quando no
Tempo de sensatez um povo por vez
Não se lembrar mais de mim.