Gregório

Era apenas uma noite inocente.

Eu pensava.

Por que eu iria pensar em outra coisa?

Não tinha razão para tal.

Tinha todo poder em minhas mãos.

Pensava todo tempo... Nunca deixe ser a caça, mas sim quem caça.

Dite as regras, viva, e se possível fuja.

Meu corpo estava tão quieto, não queria mandar sinais.

Os únicos eram:

Se mexer, estás morto.

No meio dessa brincadeira insana, sem palavras, sem gestos, no meio da escuridão

As malditas letras brilhantes apareceram.

Minha fúria subiu e na sua cara, eu quase sucumbi de tanto fervor!

Raios, trovoes.

Quem és tu.

Poeta de merda. Que diz que encanta... quer matar seus desejos carnais em minhas coxas. Ah!

Nem Gregório, nem Gregório. O poeta santo e infamo que tu , grande excremento não deves saber quem é.

Entre as entranhas, e curvas deste corpo. Imaculado, cheio de desejo, tu não colocaras a mão.

Apenas um.

Terás a sorte. E será ti.

Meu amado Gregório.

Letícia Chaves
Enviado por Letícia Chaves em 14/06/2010
Código do texto: T2319529
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