Sem luar e sem festa

Venho pendurando meus poemas

no varal imaginário da memória,

quando o vento sopra forte e leva os versos,

então me perco e esqueço a nossa história.

O velocímetro há muito tempo está travado

e não consigo definir essa distância,

desapareço ante minha grande dúvida

com a sensação que só vegeto simplesmente.

Quando apareço pra fazer minha seresta,

tão decadente, nem a lua, quer me olhar,

então me vejo noutro tempo e noutro espaço,

e nesse breu, não há porquê meu festejar.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 12/06/2010
Reeditado em 13/07/2015
Código do texto: T2315806
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