Mãos e mãos!
As mesmas mãos que um dia souberam acariciar,
num fatídico dia tentava matar, por asfixia...
A mesma pessoa que dizia, e se fez, amar
travestido de monstro cruel,
carregado de ciúmes e fel, tenta matar...
Momento de dor e horror,
na mente a figura dos rebentos
quase órfãos pela segunda vez...
A mente volta-se aos céus e pede clemência:
- Não! Ainda não posso morrer, tenho filhos pra criar!
Roga, então, ao monstro com garras de ferro
que pense naquela que ele venera, a mãe.
Lembra-o que está a matar outra mãe também...
Garras se afrouxam,
a mãe corre pela rua,
em busca daquilo que sempre lhe faltou:
JUSTIÇA!
Dessa vez ela vem,
capengamente, timidamente,
mas vem,
e a salva de morrer prematuramente.
Vanderli Medeiros
08.06.2005
"Por gentileza ao repassar mantenha os créditos"
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