em paz
não mais cantarei desgraças
tampouco imortalizarei tristezas
não entregarei a infernos a alma dos caídos
não amaldiçoarei os malditos
nem expulsarei os malfeitores
o surto dos descabidos que o céu sobre suas cabeças os cure
os livre de toda loucura
cantarei somente as descobertas
salvadoras dos canceres espirituais
cantarei tão somente a beleza de uma tarde amanhecida
depois de tempestade torrencial
que toda dor seja curada
que todo inimigo enobreça
e toda sujeira lavada
e toda maldade adormeça
e que as doenças na alma
não matem
humanizem