em paz

não mais cantarei desgraças

tampouco imortalizarei tristezas

não entregarei a infernos a alma dos caídos

não amaldiçoarei os malditos

nem expulsarei os malfeitores

o surto dos descabidos que o céu sobre suas cabeças os cure

os livre de toda loucura

cantarei somente as descobertas

salvadoras dos canceres espirituais

cantarei tão somente a beleza de uma tarde amanhecida

depois de tempestade torrencial

que toda dor seja curada

que todo inimigo enobreça

e toda sujeira lavada

e toda maldade adormeça

e que as doenças na alma

não matem

humanizem

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 11/06/2010
Reeditado em 11/06/2010
Código do texto: T2313853