Voz
O ar ressoa em minha cabeça,
Vibra minhas cordas vocais,
E me presenteia, antes que feneça,
Com a colocação de minha voz, tenaz
Já não imagino nada que estremeça
Mais ou tanto, quanto minha voz procaz,
Quanto o volume que se me apodera da cabeça
E expõe, com rigor, a massa vocal fugaz.
Encho-me o peito de ar,
Projeto a cabeça e os pulmões,
Como se preparasse um canhão a lançar
Abro um tanto a boca, a preparar
A elevação da voz e suas missões
Então, ouço o estrondor poético de minha voz pela sala ecoar.