Voz

O ar ressoa em minha cabeça,

Vibra minhas cordas vocais,

E me presenteia, antes que feneça,

Com a colocação de minha voz, tenaz

Já não imagino nada que estremeça

Mais ou tanto, quanto minha voz procaz,

Quanto o volume que se me apodera da cabeça

E expõe, com rigor, a massa vocal fugaz.

Encho-me o peito de ar,

Projeto a cabeça e os pulmões,

Como se preparasse um canhão a lançar

Abro um tanto a boca, a preparar

A elevação da voz e suas missões

Então, ouço o estrondor poético de minha voz pela sala ecoar.

Eduardo Macário
Enviado por Eduardo Macário em 11/06/2010
Reeditado em 11/06/2010
Código do texto: T2312968
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