SUTILEZA

SUTILEZA

Joyce Sameitat

Teias fininhas quase que transparentes;

Entre luzes que são apenas aparentes...

Qual um veludo das mais variadas formas;

Que olho com cuidado mas bem curiosa...

Entre os ramos das árvores pendentes;

Unindo folhas aos galhos sutilmente...

Mas quando pelo sereno orvalhadas;

São brilhos espargidos pela madrugada.

Fazem as vezes de estrelas cadentes;

Aqui na terra lindamente acomodadas...

Pois é assim que o coração as sente;

Tecidas talvez por pequenas fadas...

Embaralham-se sutis em minha mente;

Como quem não quer mais nada...

Da natureza singular e belo presente;

Que me faz andar por aí avoada...

Me fazem sentir simplesmente ausente;

Vagando em pensamentos na alvorada...

Saio então em sonhos e tão-somente;

Para não sentir a realidade malfadada...

Até penso ser esta produto de mentes;

De pessoas por demais bem alienadas...

Pois a vida caminha qual sementes;

E na simplicidade é que faz morada...

São Paulo, 10 de Junho de 2010

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 10/06/2010
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