Caos de solidão
Noite fria
chuva na terra
lágrimas no vidro
folhas ao vento
pensamentos ao léo.
Saudade pulsando
pulando/ gritando
solidão aflita,
alma em conflito
cheiro de terra molhada/ suada
chorada.
Noite ainda nascendo
sensação de abandono
caos interno.
Vontade de colo
de calar/ colar
corpo com corpo
abraço melado
beijo suado
pele ardente
desejo quente.
Encontro de mente
de alma gemente
carente/ caliente
por transbordar
na taça da noite
o vinho do tesão
guardado/ contido
explodindo/ sumindo
gritando em silêncio
e na escuridão.
Alma guardada/ aguardando
na espreita da noite
a lágrima que cai
da face e do céu
que molha/ afaga/ afoga
um sentimento tão nobre
que eu meramente ao acaso...
...pressinto chamar de
paixão.
Márcia barcelos.