FILOSOFANDO O AMOR
Satura-se a vida
de plenitudes mórbidas
e elegias inúteis
quando endeusamos
amores inolvidáveis
plenos de fantasias
e cruezas.
É como
um passarinho
em canto fremente
diante do ninho
cantando dolente
um trino cautivo
ao seu furtivo
amor.
Ele se levou
por outro canto
e à risca do encanto
qualquer canto é lindo,
todo amor, bem vindo
e bem merecido,
pois que ao seu ouvido
a partitura
é mera figura.