FILOSOFANDO O AMOR

Satura-se a vida

de plenitudes mórbidas

e elegias inúteis

quando endeusamos

amores inolvidáveis

plenos de fantasias

e cruezas.

É como

um passarinho

em canto fremente

diante do ninho

cantando dolente

um trino cautivo

ao seu furtivo

amor.

Ele se levou

por outro canto

e à risca do encanto

qualquer canto é lindo,

todo amor, bem vindo

e bem merecido,

pois que ao seu ouvido

a partitura

é mera figura.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 10/06/2010
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