O Passageiro, a Fonte e o Mar
O passageiro, a Fonte e o mar
( George Paulol )
A Fonte era um sonho de bela paisagem
No fundo do quadro... a água a correr
Pequena e límpida, também delicada,
Cortava o silencio, gritava em meu ser.
O sol se fez cúmplice e em terno abraço,
Refrigera o regato pra sede matar...
Do feliz passageiro, que vive a tristeza,
Da água encantada não poder beber
Oh Fonte tão meiga, tão linda, tão doce,
Por que com essa força, passastes em meu chão?
Tirei os sapatos, calcei-me com teu leito,
Fechei os meus olhos... o vento, a canção
Tu corres pra longe, cortando campinas
Levando mais vidas, a longínquos rincões
Inundas baixadas, arrastas sementes,
Amadurece os frutos... destrói corações
Coração bobo, de um feliz passageiro
O qual mira a Fonte, imaginando ser sua,
Mas, a Fonte é do dono, de terreno cercado
Com arames dourados pra no mar não chegar
Pois o mar é tão grande e esconde mistérios
E dar tanto medo em poder desvendá-los...
E a Fonte pequena, tão doce, tão bela,
Sentiu tanto medo de tornar-se mar