LUZES DA RUA.

Olhando as luzes da rua,
Que sem pudor despem a linda lua,
De seu trono despendido,

Quais milhões de vaga-lumes,
Que navegantes assumem,
Em trintilhar e balidos.

Rua longa noite adentro,
Ver-se a vagar calmo e lento,
Dois olhos astutos a percorrer,

Esse caminho indiscreto,
A distanciarem-se insertos,
Em cada raio a se perder.

Luzes amareladas,
Curvas pra o chão inclinadas,
A apagar nosso sombrear,

Qual indolente e atrevida,
Gastas as sombras das vidas,
Que só as luzes,
Conseguem projetar!

Luzes confusas,
Nos usam,
Que nos induzem,
A sonhar,

08/06/2010.
CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 08/06/2010
Reeditado em 08/06/2010
Código do texto: T2308583
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