O homem e seu ideal *
Como qualquer ser humano
Eu tenho meus pensamentos
Não julgo minhas qualidades
Mas gosto de meditar
Sobre nossas desigualdades
É o assunto que vou falar.
Não sou nenhum estudado
Mas gostaria de o ser
Mas com isso sou conformado,
Não vivo aborrecido
Quero ser bem esclarecido
Para quem ouvir entender.
Já vou logo esclarecendo
Pondo logo Deus na frente
Que é nosso onipotente
Nosso pai e criador
Que criou todas as coisas
Com todo carinho e amor.
Procuro não ser grosseiro
Mas gosto muito de ser franco
Seja pobre ou de dinheiro
Ouçam bem o que vou falar
Quem não tiver fé em Deus
É bom nem me escutar.
O nosso Deus das alturas
Que nos deu a natureza
O nosso planeta terra
Cheio de tantas belezas
Tem tudo para nossas vidas
Disso todos, temos certeza.
Só que, quem não planta não colhe
Quem quer agua vai a fonte
Aquele que quer vida mole
Não enxerga o horizonte,
E quer que tudo vem na mão
E não fizer a sua parte
Nunca vai chegar lá não.
Tem seu ambiente Florido
Quem plantar flores no seu jardim
Mas quem não fizer assim
Os seus braços descruzar
Não seja um reclamão
Para da vida não desdenhar,
Deus faz o sol nascer pra todos
Mas pra colher tem que plantar.
Vejo aqui perto da gente
Exemplos dos mais mesquinhos
Que me deixa a meditar
Mexendo com meus pauzinhos
Ponho cada coisa em seu lugar
Não sei se sou competente
Mas um exemplo quero dar,
Vejo tantos reclamar
Que seu salário está pouco
Isso nas mesas do bar.
Pondo defeito no patrão
Diz que é injustiça, ingratidão
Fala até do presidente
Mas é um grande competente
Pra garrafa de Skol enxugar,
nesta hora nem se fala
Na família e no lar
Gastando dinheiro atoa
Esbanjando numa boa
O pão dos filhos, que estão para criar.
Vamos olhar as formiguinhas
Nem precisa detalhar,
Vejam bem os passarinhos
Não ficam quietos em seus ninhos
Pra seu alimento procurar
E ainda os sobra tempo
Para suas melodias entoar.
Também vejo certas árvores
Com folhas tão pequeninas
Mas unidas fazem a sombra
Que a humanidade fascina.
Como as folhas pequeninas
Será que o homem faz?
Unidos no mesmo ideal
Para que o mundo tenha paz?
( * ) A referida poesia é de autoria de ( Manoel da Silveira Corrêa - conhecido em Vazante-MG como: Manoel da Tunica). Disponível em: http://rogerioscorrea.blogspot.com