APENAS AMIGOS...
 

Nem sei se eu olhava a noite
chegando,
ou se ela me olhava com
seus olhos escuros,
porque  hoje eu estava me
sentindo dividido,
 
como se a tarde tivesse sido
toda abduzida,
e dela não tivesse sobrado
nada de especial,
na qual pudesse pôr todos
os meus anseios.
 
Você tinha sido muito breve
mesmo ao dizer
que nosso amor era feito de
muitas ausências,
e que nem em tardes e nem
em noites te buscava,
 
e que meus passos nunca
chegavam até você,
porque bem no meio do
caminho, logo se sentia
aquele mesmo ar,
esse resfrio de todos os
nossos encantos.
 
E não adianta,Phill Collins,
você
cantar essa antiga canção
de amor,
porque ela, de lá longe, nem
está mesmo ouvindo,
e tampouco ouve esse sax
insinuante,
que vai movendo estes
instantes,
 
os mesmos que um dia
embaraçavam lençóis,
em meio ao estridular de
fogos de artifício,
enquanto nossa paixão era
bandeira solta.
 
Hum...tudo  tão natural...
que hoje nesta noite,
em que as estrelas se
camuflam
detrás das nuvens,
como se minhas vontades
obliteradas,
nem se importassem mais
de dizer:
 
Está bem...aceito.
Seremos somente amigos.
Sim...amigos para sempre.
 
E uma desilusão então
rolasse,
como se fosse uma lágrima
pela face...
 
Sim...agora apenas amigos.
Amigos para sempre...
 
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Autor: Cássio Seagull
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Poesia que fiz em 08-06-10 às 19 h em SP
Lua minguante – sol fraco – 17 graus
Beijos e abraços para você...Boa Quarta.
cseagull2@hotmail.com
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