.metade.
juro que se pudesse mudaria o final.
deixava o início insosso do mesmo jeito.
não me importaria.
e o desenrolar tedioso, em nada mexeria.
não adiantaria.
mas o final.
o final não seria nada igual.
teria dito as verdades.
e inundado meus olhos.
teria segurado o derradeiro anseio.
pra não esperar demais assim.
mas nada posso mudar.
e o fim faz parte do que se inicia.
e o fim é metade do que sinto agora.
porque a outra metade é desespero.
Ana Maria de Queiroz
08.VI.2010