Tremência
às vezes meu corpo lateja
o rosto, os olhos
a boca lateja
não sei se é Deus me tocando
o diabo
que seja
às vezes a chuva me toca
não corro, observo
acaba que absorvo água com vento
de fora pra dentro
pelas dobras da pele
até o canto onde minha alma entoca
ás vezes quando penso
penso nisso
aonde vai o consciente
quando não está ?
para onde vamos, em que pensamos
quando não pensamos nada?
e de novo me vem o toque da chuva,
o espinho da planta entrando
de fora
o latejar do corpo, aquilo que sinto saindo
de dentro
e aquilo que sou
por todos os lados de ser