OCEANO ATLÂNTICO
OCEANO ATLÂNTICO
Separas os países, os continentes,
Beijas livremente margens a fora,
Águas límpidas, belos contrastes
E que segredos, meu maroto Atlântico.
De um belíssimo fascínio, és possuído
Em separando, unes também os povos,
Fisicamente os separas e une-os em espírito
Grande a capacidade de unificar seus destinos.
Contemplando o horizonte eu vejo
Das tuas águas o faceiro balanço
Tão tranqüilo, que nem te apercebes
Quão tamanha é a tua importância.
És o segundo do mundo em superfície
Nem se quer te importas, tua simplicidade
Só queres mesmo unir os povos, as nações
Transformar os povos irmãos em destino.
O ventos alísios, sopram indo e vindo
Provocando em ti as correntes marinhas
Gerando, então, as correntes circulares
Eis meu querido Grande Mar, a tua primazia.
Há séculos são constantes as buscas
Da travessia, quer por água ou pelo ar
Desde as caravelas vindas de Portugal
Conquistado pelo ar, argonautas ousados.
Vindos também do irmão Portugal
O Gago Coutinho e Sacadura Cabral
Primeira travessia do Atlântico Sul
Decolaram do Tejo, pilotos intrépidos.
Assim foste escrevendo tua história
O transatlântico de luxo, Graf Zeppelin
Partia da Alemanha para o Brasil
Aí, Recife tem a sua importância.
Ainda conserva a Torre do Jiquiá
Hoje a única que no mundo restou
E que com seus dezenove metros
Abastecia o grande “peixe prateado”
E continuas a mover-te em teu leito
Leito onde descansas ora sim, ora não
Oceanos Atlântico Sul e Atlântico Norte
Desenhando assim, uma linda ponte.
Embalas tuas águas como querendo
A alguém encantar, esse é teu desejo
Atlântico Sul, oh! meu Atlântico Sul
Preservas nas águas a condição azul.
Margens do Atlântico, Antologia Poetica Internacional (2006)
ISBN – 85-905170-6-3