"AMOR ANIMALESCO" Poema de: Flávio Cavalcante
AMOR ANIMALESCO
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
A boca faminta que rasga a carne de prazer
Derrama em gotas toda saliva acumulada
Mente confusa faz pensamento esvaecer
E Provoca suspiro em toda pele molhada
II
As unhas afiadas arranham a carne profunda
O ardor de cerne sangra com feridas em chagas
Dói mas arrepia toda a pele de forma oriunda
Dos tesouros escondidos e relíquias encontradas
III
Desejos ardentes de um tremor incontrolável
O olhar penetrante que hipnotiza a fera bravia
Faz do homem, um bicho embrutecido e insaciável
Que explora teu corpo e teus seios acaricia
IV
Os gemidos sedentos de uma loba saciando o cio
Um macho voraz catando no vento a fêmea pelo cheiro
Matando a fome com urros estranhos e babas a fio
Cercando sua presa pra o ataque e tiro certeiro
V
O deleitar de corpos num matagal ainda orvalhado
Fazendo do mato uma cama com colchão
O ápice do prazer trás murmúrio calado
Depois o relaxar dos corpos separados ao chão