Devaneios...


 
Engolida noite adentro, lá vou eu,
Ao encontro da madrugada...
Imersa em escuridão,
Mente e corpo não dormem mais juntos...
Não sinto mais meu corpo
Mas a mente, acesa, devaneia
Por horas que se arrastam
Em busca do alvorecer...
Amanhece, e a noite não termina...
Negra cortina diante dos meus olhos
Insiste, em me tirar a luz do Sol...
 
Mas a mente, continua em devaneios...
Precisa encontrar a chave
Que destrancará as portas do meu olhar...
 
Mesmo que seja no último instante,
Quero enxergar o horizonte...
Ver o azul do Céu, e o Sol a brilhar
Contemplar as aves voando,
E um mar de felicidade p'ra navegar...
Quando esse momento chegar
Não mais temerei a noite...
A Lua será meu berço,
E as estrelas minha canção de ninar...
Então poderei dormir o sono da Paz
E nos braços de Deus, enfim, descansar...


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