[Em Fuga]

Nem todo esse jazz,

nem todo esse blues,

nem todo esse vinho

vão me trazer quem eu quero...

Mas bem podem me levar

para o mundo dos sonhos,

para o mundo que não mais

há de ser, nem há de existir...

Estou só... e como no suplício

de Tântalo, tudo me foge,

tudo escapa das minhas mãos...

Falsamente ingênuo,

porque desconfio da resposta,

eu pergunto para a noite, para a garrafa:

por que, por que tudo me foge,

por que esta sede insaciada?

Eu, em fuga de mim?!

Que ironia... nunca pensei

que eu chegasse a tal ponto!

[Penas do Desterro, 01h15 07 de junho de 2010]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 07/06/2010
Reeditado em 22/04/2012
Código do texto: T2304465
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