Mulheres

Dias acordam-te com um beijo,

café e pão de queijo.

Outros já com gritos,

socos e mais conflitos.

Bom Dia, dizem elas,

mas fecham suas janelas

Cuida-te rapaz, sugerem

mas fecham as portas também.

Não lhe deixam vista,

não deixam abrigo,

Só lhe apontam a pista

e que Deus vá contigo.

Tiram-lhe a paciência,

tiram-lhe a consciência,

e tudo mais que puderem tirar

e ainda põe-se a chorar.

Dizem te amar,

Sem você não conseguir viver.

Que és tudo que podem sonhar,

que não querem mais sofrer.

Ai fica atordoado,

e elas começam a sorrir.

Você se sente dominado,

e o ápice ainda está por vir.

Noite sim, noite não,

tiram-lhe o chão,

tiram-lhe o cobertor,

o seu afeto e o seu amor.

Diz para si não agüentar,

diz para ela não querer,

ela parece não se espantar,

você parece enlouquecer.

Ai acorda no meio da noite

desvestido, suado e sem sorte.

Põe se a fumar, põe-se a pensar,

mas nunca a outra procurar.

Ela já tem outros carinhos

Vocês já são estranhos

Ai começa tudo outra vez

Sempre com a mesma embriagues.

Acorda a verdade enfim

você gosta dessas incertezas

dessas mulheres e suas belezas

e que, afinal, foi sempre assim.

Elas sempre te humilham,

te enganam, te gozam.

Mas sempre te fazem quere-las,

reverencia-las, amá-las.

Mas afinal como maltratar

tal ser tão sublime

Sabendo que vai te cuidar

quando não há nada que te reanime.

Pois assim são elas,

essas criaturas tão belas

que se um nome requer,

só pode ser...mulher.

Daniel Bassani
Enviado por Daniel Bassani em 06/06/2010
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