ATO XVII- O Mundo como Vontade e Representação, da Poética do Fingimento
ATO XVII
E o eterno fluir das nossas vontades
não invadem palcos tão profundos
só para nos confundir com inverdades
sobre a idéia que fazemos do nosso mundo.
Não somos o espetáculo de som e fúria
somos aqueles que habitam os bastidores
a engendrar para si mesmos a história
da sua própria perdição, dos seus amores.
E esse sonhar inconsistente que invade
o nosso próprio mundo representado
não nos perece irreal por ser verdade
é o que queremos enxergar sendo criado.
O que quero, porém, dizer e me estendo
é que cuidando representar os nossos mitos
nos foge a compreensão de que é vivendo
que estamos. E não há nada mais real, é isto.( 348 )