COMO PÁSSARO
Em meus devaneios matinais,
Olho o horizonte. Busco um norte.
Numa outra dimensão, vejo imagens
De pássaros diversos, que esvoaçam
Sobre verdes árvores, de galho em galho;
Bebendo em fontes de águas cristalinas,
E flutuando sobre nuvens brancas de algodão.
Sem preocupações com o futuro, vivem intensamente
Os momentos – livres, lindos, radiantes,
Encantando-nos com os seus trinados.
Quanta diferença, entre eles e uma pobre humana!
Então,por um instante, desejei ter a implicidade,
A liberdade e a beleza dos pássaros.
E assim, me libertaria dos grilhões das paixões humanas.