Pesares.

Rasgos imundos de meu ser

Pele, olho, têmpora, carne

Vibrações orgásticas de meus medos.

Gozo tênue de minhas vísceras

Alma limítrofe em seus pesares

Dilacera a veia em minha carne,

E põe-se a chafurdar o plasma, o sangue, a alma.

É sonho, é ânsia, é refluxo.

É embolia, é desespero, é fantasia.

Pronto, é alquimia.

No bruxismo destes dias

Os dentes pálidos de agonia.

Rafaela Barros
Enviado por Rafaela Barros em 05/06/2010
Código do texto: T2302108
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