P A R T O

Por que escrevo? Não sei dizer.

É impossível por em palavras

o sentimento que guia a mão

que escreve um hino,

que escreve um verso.

Apelos chegam de longe em longe

e a mão responde

compondo frases,

contanto histórias

de tempos idos, talvez sofridos...

- ouro e cascalho

que o chão de areia

filtra e permeia

enchendo espaços, abrindo laços...

compondo tudo que estava mudo.

A duras penas nasce o poema

que parte ou fica,

mas modifica quem o escreveu.