___VIDA MARCADA____

Ecoa voz no vento que sussurra.

Que esta dor não me pertence.

Ecoa os gritos da minha alma que

emudece meus lábios.

Não permita ó vida que a poeira dos

desatinos provoquem lágrimas.

Não me deixe ser frágil criatura para

confessar.

Que meu coração ferido sangra os

dissabores das ilusões.

Somente por hoje me alimente ó

vida.

Absorva minha sanidade pelo calice

embriagador da loucura.

A dor esta dilacerando minha carne,

corrompendo meu ser.

Não vou suportar a noite com suas

verdades escancaradas.

Nem o amanhecer solitário de mais

um dia a recomeçar.

Ó vida porque me castiga se estou

morrendo lentamente...

Ó vida porque me provoca risos, se

desconheço os motivos.

Tudo que sinto e sei é que uma parte

de mim suplica mais um pulsar e um

dia de existência.

Mas outra parte do meu ser se prepara

para partir conformado que este mundo

não é bom lugar para se estar.

Ó vida não compreendes minha insana dor....

Ou tu és tão cruel que me castiga na minha

fragilidade inocente....

Cecilia Garcez
Enviado por Cecilia Garcez em 04/06/2010
Reeditado em 05/06/2010
Código do texto: T2299970
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