À Bela Poetisa Morta
A flor é carmim em seus lábios,
Carmim que escorre entre os seios,
Num peito que há pouco gritava
Que houve? Já nem freme mais!
Sorria como louca, cantava
O mundo era seu finalmente
Quem dera, um simples metal...
Banhou-se em sangue o punhal.
-Que lindo! Gritavam os vermes
Aplaudiam em pé, seus demonios
E o canto de alegria eterna
Do frio, que a fazia azul!
Sua alma correu pelo inferno
Na febre louca da liberdade
Ali, jamais teria saudade
Ali, voltaria a ter paz!