Pequenez
Eu, amiudado pelo riso espinhento
De palavras, estranho a face única
Das coisas verdadeiras, vendo-as dúbias
E às margens do real, então, momento,
Arrisco jurar um mal a mim mesmo
Às custas do bem já antes conquistado
Se em mim já houvesse nesse meu estado
Um ter sido, certo, só feliz sem o esmo
Não seria assim tão dorido e frívolo
Nem ao menos daria margem a certos,
(em que grau da baixeza caí?) estímulos
E quanto mais eu logro bem menos
o cômputo, a liquidez de um perto
Estar-se ver em, anos luz, p’nto pequeno