Pequenez

Eu, amiudado pelo riso espinhento

De palavras, estranho a face única

Das coisas verdadeiras, vendo-as dúbias

E às margens do real, então, momento,

Arrisco jurar um mal a mim mesmo

Às custas do bem já antes conquistado

Se em mim já houvesse nesse meu estado

Um ter sido, certo, só feliz sem o esmo

Não seria assim tão dorido e frívolo

Nem ao menos daria margem a certos,

(em que grau da baixeza caí?) estímulos

E quanto mais eu logro bem menos

o cômputo, a liquidez de um perto

Estar-se ver em, anos luz, p’nto pequeno

antônimo
Enviado por antônimo em 04/06/2010
Reeditado em 04/06/2010
Código do texto: T2298874
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