CAVALGANDO
No cinamomo copado, bem abaixo da ramada,
onde uma brisa gemia e uma coruja dormia,
eu, me encolhia arrepiada, suando quase molhada,
feito lombo de potranca depois de uma cavalgada,
Atenta, às patas do teu cavalo, que trariam para mim,
um certo estado de graça, teu cheiro do bom capim,
De relancina , escutava, os estalitos da estrada,
No cinamomo copado,
bem abaixo da ramada,
onde uma brisa gemia
e uma coruja dormia,
Tu chegavas e,
te esticando, arrepiado,
suando quase molhado,
feito lombo de potranca,
Depois,
os dois cavalgando.-
Do Livro : XIRUA /1984 Marilene Garcia