Soneto a um coração petrificado ...

A Hamadríade amante do seu pomar

Nega-se ao amor que a Vênus inspira

Vive só e para de suas plantas cuidar

Mas o amor que arde tal fogo na pira

Desperta no peito do múltiplo Vertuno

Esse a cerca com seu dom de falsete

Mas para a bela ninfa só é inoportuno

Ele torna-se velha e fala de Anaxárete

A dama de Têucria do coração pétreo

Despreza Ífis e deixa Vênus enfurecida

O jovem se mata e a dama ri do féretro

Então a deusa a torna estátua de pedra.

Com essa história Pomona é convencida

Que o verdadeiro amor jamais se renega.

Brasília-DF, 03 de junho de 2010.

Inspirada no capítulo VIII do "Livro de Ouro da Mitologia", de Thomas Bulfinch.