óleo sobre tela de Jorge Rodrigues
ESPELHO
Não há mal maior: melancolia
Que paira e não consegue pousar,
Por lânguidas asas sem sintonia,
Farfalhando o espaço, sem ousar.
Qualquer teco em matéria serviria,
Qualquer plano, reta ou ponto no ar,
Real ou postulado, par lhe faria,
E assim, nasce a tristeza sem rimar.
A lágrima sempre será salina,
Por ter no contraponto imenso mar,
Não há palavra alguma que defina
Sentimento qualquer que não tem par,
Coração e emoção, que bailarina,
Inexistente, não terá onde espelhar...
ESPELHO
Não há mal maior: melancolia
Que paira e não consegue pousar,
Por lânguidas asas sem sintonia,
Farfalhando o espaço, sem ousar.
Qualquer teco em matéria serviria,
Qualquer plano, reta ou ponto no ar,
Real ou postulado, par lhe faria,
E assim, nasce a tristeza sem rimar.
A lágrima sempre será salina,
Por ter no contraponto imenso mar,
Não há palavra alguma que defina
Sentimento qualquer que não tem par,
Coração e emoção, que bailarina,
Inexistente, não terá onde espelhar...