Abismo da Alma
Mergulho num espaço infindável
Masmorra de minha mente
E não me dou conta do tempo
Vago insone neste marasmo
Atraída por algo que desconheço
Ouço músicas e sons que me embriagam
Enfeitiço-me presa a abraços espiralados
Giro num bailado que me adormece
Que frio e cruel é o vento
Impiedoso a açoitar-me a face
Secando sutil e indiferente
A lágrima sorrateira
Eloquência tácita da saudade
Marcada a ferro e fogo em minha alma
Que abismo é este?
Negro e desconhecido
A aterrorizar-me ,a roubar-me o sono da noite
Perco-me de mim
Em busca de ti ,vida
Ávida e bela tão plena de vazio
Recuo e deserto de desistir
Falta-me a coragem
De não ir e de existir sem