Sem moldura.
Colhe seca
dentro de um livro antigo
aquela flor que plantou
Vira a folha
amarelada a girar
no solo que antes pousou.
Lança ao vento
cada palavra arrancada
da página lentamente colhida.
Rege o tempo
a brisa suave a juntar
uma história partida
Pinga a chuva
sem direção acertada
e limpa o que já passou.
Voam letras
sem nexo, vão pelo ar
eco, enfim livre ficou.