Ensaio de um poema Ultra-romântico
Ela dormia pálida
enquando anjos vermelhos dançavam ao seu redor.
Eu sentia saudade de qualquer coisa do passado,
de qualquer coisa que eu não sei descrever,
as palavras me fogem da cabeça.
Como se escorressem pelos meu dedos,
passam faceiras por entre entre meus pensamentos,
mas antes que eu as amarre e as pinte
no branco do papel...elas somem...
Então eu só a observava.
Observava o meu poema, literealmente vivo.
Ela parecia sorrir,fria, mantinha os olhos fechados e a boca imóvel
seus cabelos longos valsavam com o vento, quão esplêndido o
espetáculo que eu os olhos mal pude piscar.
Por um momento eu pensei feri-la,
com a espada do desejo, penetrar seu corpo,
abrir sua carne e desfrutar de um deleite embora mórbido, sem fim...
Eu pensei abri-la pétala por pétala
desfolhar a imaculada virgem dos olhos antes vivos,cálidos.
No entanto,contrapus suas mãos sobre seu colo macio
e deslizei meus olhos por todo o seu corpo gélido
que fervilhava meus pensamentos.
Ouvi gritos
e sussurros lentos de amor,
delirei por instantes junto a minha prateada taça de vinho.
Fechei a porta.Desci as escadas e fui embora.
"Oh virgem...Deixaste-me partir,deixaste-me ir embora.
Por inocência tua, por medo meu:adeus!"